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Diretriz – Doença hepática gordurosa não alcoólica

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 25/07/2013

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Especialidades: Gastrenterologia / Medicina Hospitalar

 

Resumo

Este artigo apresenta o resumo das diretrizes internacionais sobre o diagnóstico e o manejo da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA).

 

Contexto clínico

A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é um dos tipos mais comuns de doença hepática crônica. Atualmente, a Associação Americana para o Estudo do Fígado, o American College of Gastroenterology e a American Gastroenterological Association têm colaborado para emitir diretrizes para o diagnóstico e o tratamento da DHGNA.

 

Recomendações – Resumo

Sobre o diagnóstico

      Pacientes com esteatose hepática detectada em exames de imagem devem ser avaliados quanto a fatores de risco metabólicos (obesidade, intolerância à glicose etc.), quanto ao consumo de álcool e, potencialmente, para DHGNA.

      Outras etiologias para doença hepática devem ser excluídas quando se avalia um paciente com suspeita de DHGNA.

      NÃO SE RECOMENDA realizar exames de rastreamento para diagnóstico de DHGNA na atenção primária, uma vez que há muitas incertezas sobre os testes de diagnóstico e opções de tratamento.

      NÃO SE RECOMENDA rastreamento de rotina de membros da família de portadores de DHGNA.

      A biópsia hepática deve ser considerada em pacientes com esteatose hepática que correm maior risco de esteato-hepatite e fibrose avançada (p. ex., pacientes com síndrome metabólica), mas deve ser EVITADA em pacientes assintomáticos com provas bioquímicas hepáticas normais.

 

Sobre o manejo

      A perda de peso (por meio de uma dieta de baixo teor calórico, com ou sem aumento do exercício) de, pelo menos, 3 a 5% do peso corporal, e especialmente 10%, parece melhorar a esteatose hepática e, possivelmente, a inflamação.

      Metformina e ácido ursodesoxicólico não são recomendados para o tratamento da esteatose hepática.

      Embora as estatinas sejam seguras em pacientes com esteatose hepática, estudos randomizados e controlados são necessários para determinar se elas podem ser utilizadas especificamente para o tratamento da esteato-hepatite não alcoólica (NASH).

      Qualquer recomendação de ômega-3 os ácidos graxos para o tratamento da esteatose hepática ainda é prematura com base nas evidências disponíveis.

      A pioglitazona pode ser usada no tratamento da NASH comprovada por biópsia. No entanto, sua segurança e eficácia a longo prazo é desconhecida, e o ganho de peso é um efeito colateral comum.

      A vitamina E em uma dose de 800 UI/dia melhora a histologia do fígado em adultos não diabéticos com biópsia comprovando NASH e, por conseguinte, pode ser recomendada nesta população específica de DHGNA. (Nota: há evidências de que altas doses de ingestão de vitamina E aumentam os riscos de todas as causas de mortalidade e de câncer de próstata.)

      Embora a cirurgia bariátrica seja eficaz no tratamento da NASH, ela deve ser evitada em pacientes com cirrose.

      Qualquer recomendação de cirurgia bariátrica para tratamento de DHGNA ainda é prematura com base nas evidências disponíveis.

 

Bibliografia

1.    Chalasani N, Younossi Z, Lavine JE, Diehl AM, Brunt EM, Cusi K et al. The diagnosis and management of non-alcoholic fatty liver disease: practice guideline by the American Association for the Study of Liver Diseases, American College of Gastroenterology, and the American Gastroenterological Association. Hepatology 2012 Jun; 55:2005. [Link para o artigo]

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