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Comparação de Stent com Paclitaxel ou Everolimus em Diabéticos

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 29/02/2016

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Contexto Clínico

A escolha do stent farmacológico no tratamento de pacientes com diabetes mellitus e doença arterial coronariana que são submetidos à intervenção coronária percutânea (ICP) tem sido muito discutida. Estudos anteriores compararam stents com paclitaxel e stents com rapamicina (agora chamada de sirolimus) ou seus análogos (everolimus ou zotarolimus). Mas esses estudo produziram resultados contraditórios. Sendo assim, essa pergunta ainda não está adequadamente respondida.

 

O Estudo

Este foi um ensaio clínico onde 1.830 pacientes com diabetes mellitus e doença arterial coronariana que foram submetidos à ICP foram randomizados para receber um stent paclitaxel ou um stent com everolimus. Foi utilizado um desenho de estudo de não inferioridade. O desfecho primário avaliado foi a falha do vaso-alvo, que foi definido como um composto de morte cardíaca, infarto do miocárdio do vaso-alvo, ou revascularização do vaso-alvo orientada por isquemia no  primeiroano de seguimento.

Em um ano, stents com paclitaxel não cumpriram o critério de não inferioridade em comparação com os stents com everolimus em relação ao desfecho primário (taxa de falha do vaso-alvo, 5,6% vs. 2,9%; diferença de risco, 2,7 pontos percentuais [IC95% 0,8-4,5]; risco relativo: 1,89 [IC95% 1,20-2,99]; P = 0,38 para não inferioridade). Houve uma taxa significativamente mais elevada de falha do vaso-alvo em um ano no grupo stent com paclitaxel do que no grupo stent com everolimus (P = 0,005), infarto do miocárdio espontâneo (3,2% vs. 1,2%, P = 0,004), trombose de stent (2,1% vs. 0,4%, P = 0,002), revascularização do vaso-alvo (3,4% vs. 1,2%, P = 0,002) e revascularização da lesão alvo (3,4% vs. 1,2%, P = 0,002).

 

Aplicações Práticas

Este estudo randomizado demonstra que há diferenças entre os stents com paclitaxel e everolimus nos resultados de pacientes com diabetes mellitus e doença arterial coronariana submetidos à ICP. Pelo estudo não foi demonstrado que os stents com eluição de paclitaxel são ao menos não inferiores que os stents com everolimus. Pelo contrário, os stents com paclitaxel tiveram piores resultados em termos de taxas de falha do vaso-alvo, infarto do miocárdio, trombose de stent, e de revascularização do vaso-alvo em um ano.

 

Referências

Kaul U et al. Paclitaxel-Eluting versus Everolimus-Eluting Coronary Stents in Diabetes. N Engl J Med 2015; 373:1709-1719

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