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Impacto de CDI em Insuficência Cardíaca Não Isquêmica

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 20/10/2016

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Contexto Clínico

O benefício de um CDI em pacientes sintomáticos com insuficiência cardíaca sistólica causada por doença arterial coronariana já foi bem documentado. No entanto, a evidência para um possível benefício de CDIs profiláticos em pacientes com insuficiência cardíaca sistólica que não se deve à doença arterial coronariana ainda não é bem detalhada na literatura.

 

 

O Estudo

Este é um estudo randomizado, controlado, com 556 pacientes com insuficiência cardíaca sistólica sintomática (fração de ejeção ventricular esquerda =35%) não causada por doença arterial coronariana. Estes pacientes foram designados para receber um CDI, e outros 560 pacientes foram designados para receber atendimento clínico usual (grupo controle). Em ambos os grupos, 58% dos pacientes receberam CTR O desfecho primário do estudo foi morte por qualquer causa; os desfechos secundários foram morte súbita cardíaca e morte cardiovascular.

Após um período médio de acompanhamento de 67,6 meses, o resultado primário havia ocorrido em 120 pacientes (21,6%) no grupo CDI, e em 131 pacientes (23,4%) no grupo de controlo (hazard ratio 0,87; IC 95% intervalo de confiança 0,68-1,12, P = 0,28). Morte súbita cardíaca ocorreu em 24 pacientes (4,3%) no grupo CDI, e em 46 pacientes (8,2%) no grupo de controlo (hazardratio 0,50; IC 95% 0,31-0,82; P = 0,005). A infecção dos dispositivos ocorreu em 27 pacientes (4,9%) no grupo CDI, e em 20 pacientes (3,6%) no grupo controle (P = 0,29).

 

 

Aplicação Prática

 

Este estudo demonstra de forma objetiva que o implante de CDI profilático, em pacientes com insuficiência cardíaca sistólica sintomática não causada por doença arterial coronariana, não foi associado a uma taxa significativamente menor de longo prazo de morte por qualquer causa, em comparação do cuidado clínico habitual. Sendo assim, não é uma conduta que pode ser recomendada.

 

 

Bibliografia

 

Kober L et al. Defibrillator Implantation in Patients with Nonischemic Systolic Heart Failure. NEJM August 28, 2016DOI: 10.1056/NEJMoa1608029

 

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