Autor:
Rodrigo Antonio Brandão Neto
Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Última revisão: 03/07/2019
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Imagem de paciente do sexo masculino, de 44 anos de idade, com antecedente de hanseníase em acompanhamento em ambulatório de dermatologia. Procurou o departamento de emergência com quadro de dor lombar e febre, com diagnóstico final de pielonefrite.
Apresenta, em fácies, lesões secundárias à hanseníase, conforme mostra a Figura 1.
Figura 1 - Lesões secundárias à hanseníase.
O paciente apresenta a chamada “hanseníase virchowiana”. As lesões nessa forma clínica são polimórficas. No início, são discretas, em geral com manchas hipocrômicas, numerosas, maldelimitadas. Com o tempo, se tornam eritematosas, acastanhadas e infiltradas. Posteriormente, e de forma lenta, começam a surgir pápulas, nódulos e placas de forma comumente simétrica.
Os pacientes apresentam, então, infiltração difusa de face, pavilhões auriculares, e podem apresentar perda de pelos da sobrancelha. Em sua forma mais avançada, manifestam as chamadas fácies leoninas, como é o caso desse paciente.
Nessa fase, a baciloscopia é normalmente positiva com teste de Mitsuda negativo. A derme é ocupada por infiltrado de histiócitos com citoplasma amplo, claro e vacuolado (células de Virchow). Essas células apresentam numerosos bacilos de Hansen no seu interior.
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