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Manual de Implementação do Checklist Parte II - Antes de Iniciar a Cirurgia

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 17/07/2009

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            Esta fase se inicia após a indução anestésica e antes do cirurgião realizar a incisão na pele. É uma pausa momentânea para checagem de itens essenciais na segurança, e que envolve toda a equipe cirúrgica. Os detalhes de cada um dos itens desta fase do checklist são os seguintes:

 

1.     Confirmação de nomes e funções de todos os membros da equipe

 

         O coordenador do checklist pede a cada um que diga seu nome e sua função, incluindo estudantes ou outras pessoas presentes;

         Essa simples rotina ajuda a gerenciar as ações de cada um em possíveis momentos críticos;

         Se todos já se conhecem e estão familiarizados, isso pode ser dito ao coordenador, que dará este item como OK.

 

2.     Confirmação sobre o paciente (identificação do paciente, procedimento a ser realizado, local onde será feita a cirurgia)

 

         Esta é uma etapa padrão exigida por muitas agências regulatórias nacionais e internacionais;

         O coordenador pode pedir a qualquer um da equipe que confirme em voz alta o nome do paciente, a cirurgia a ser realizada, o local da cirurgia e, se for caso, o posicionamento do paciente, a fim de evitar que operem o lado errado do paciente.

 

3.     Antecipação de eventos críticos

 

         O Coordenador do checklist conduz uma rápida discussão entre o cirurgião, o anestesista e a equipe de enfermagem sobre situações críticas e planejamento de segurança. Caso não haja nada específico a ser dito, o profissional pode simplesmente declarar que não há nada fora do rotineiro a ser lembrado;

         Revisão do cirurgião: pode dizer se haverá alguma perda sanguínea volumosa, em que momento precisará de equipamentos especiais ou sobre fases da cirurgia que serão críticas;

         Revisão do anestesista: o anestesista pode dizer o que está planejado para possíveis perdas sanguíneas, ou que o paciente tem alguma patologia de base que não pode ser esquecida, ou qualquer outro item que pareça ser relevante relatar a toda a equipe;

         Revisão da enfermagem: deve confirmar que o equipamento está adequado quanto ao processo de esterilização, pois caso não esteja, isso deve ser corrigido antes da incisão na pele, deve-se também, caso necessário, verificar se há alguma necessidade específica quanto a qualquer material ou equipamento que será necessário durante o procedimento.

 

4.     Profilaxia com antibióticos realizada nos últimos 60 minutos

 

         Este é um item de grande inconsistência na prática cirúrgica mas é fundamental na redução de infecção de sítio cirúrgico;

         Deve-se perguntar ao anestesista se a dose de antibiótico profilático foi dada nos últimos 60 minutos. Caso não tenha sido feito, realizar antes da incisão da pele. Caso tenha sido feito há mais de 60 minutos a equipe deve considerar refazer a dose;

         Há casos onde este item não se aplica, como em pacientes recebendo tratamento com antibióticos.

 

5.     Disponibilidade de exames de imagem

 

         Exames de imagem podem ser críticos para garantir a realização de inúmeras cirurgias, incluindo as ortopédicas, as de coluna, as torácicas e muitos procedimentos e ressecções tumorais;

         Deve-se perguntar ao cirurgião se ele precisa de algum exame de imagem, caso não seja necessário, deixar este item checado como “não se aplica”. Caso contrário, deve-se tentar providenciar o exame de imagem se ele não estiver disponível, a não se que o cirurgião abra mão deste, porém deve-se deixar este item como não checado nessa situação.

 

Link para o documento da OMS

 

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