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Influenza A H1N1 Recomendações da OMS para profissionais de saúde

Última revisão: 08/06/2009

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Estas recomendações serão atualizadas conforme a Organização Mundial de Saúde divulgar novos documentos e atualizações.

 

1 - 08/06/2009 - Última atualização sobre a doença e mapa com os casos confirmados de gripe suína

 

(Link para a atualização sobre a infecção de influenza A (H1N1))

 

         A OMS sugere que a gripe suína passe a ser chamada de influenza A (H1N1).

         69 países já tiveram casos de gripe suína confirmados, com um total de 25.288 casos documentados de infecção pelo influenza A (H1N1) e 139 mortes.

         O México já reportou 5717 casos e 106 mortes e os Estados Unidos já confirmaram 13.217 casos e 27 mortes. O Canadá já reportou 2115 casos e 3 mortes. A Costa Rica já reportou 68 casos e 1 morte. O Chile já reportou 411 casos e 2 mortes.

         Outros países com casos documentados, mas sem nenhuma morte são: Argentina (202), Austrália (1051), Áustria (5),  Bahamas (1), Bahrain (1), Barbados (2), Bélgica (14), Bolívia (3), Brasil (35), Bulgária (2), Ilhas Cayman (1), China (108), Colombia (25), Cuba (5), Chipre (1), República Checa (2), Dinamarca (7), Dominica (1), República Dominicana (44), Equador (60), Egito (1), El Salvador (69), Estônia (3), Finlândia (4), França (58), Alemanha (63), Grécia (5), Guatemala (30), Honduras (34), Hungria (3), Islândia (1), Índia (4), Irlanda (11), Israel (54), Itália (50), Jamaica (4), Japão (410), Coréia (47), Kuwait (18), Líbano (3), Luxemburgo (1), Malásia (5), Holanda (10), Nova Zelândia (14), Nicarágua (18), Noruega (9), Panama (179), Paraguai (5), Peru (61), Filipinas (33), Polônia (5), Portugal (2), Romênia (9), Rússia (3), Arábia Saudita (1), Singapura (15), Eslováquia (3), Espanha (291), Suécia (14), Suíça (16), Tailândia (8), Trinidad e Tobago (2), Turquia (10), Emirados Árabes (1),  e Reino Unido (557).

         Não há risco de infecção através do consumo de carne de porco bem cozida.

         Os indivíduos são aconselhados a lavar as mãos com água e sabão com regularidade e a procurar atenção médica se desenvolverem qualquer sintoma típico de infecção por influenza.

            

Figura 1: Mapa atualizado com os casos documentados de influenza A (H1N1)

 

 

2 – Como caracterizar a gravidade de uma pandemia de influenza

 

Link para o texto na íntegra das recomendações da OMS

 

            O maior determinante da severidade de uma pandemia de influenza é a virulência do vírus, que é medida por: 1) número de casos de doença severa; e 2) número de mortes. No entanto, outros fatores influenciam na gravidade da pandemia. Por exemplo, um vírus pandêmico que inicialmente cause sintomas leves em pessoas saudáveis pode se tornar mais agressivo posteriormente, pois a virulência do vírus pode se modificar durante o tempo conforme a pandemia se mobilize internacionalmente. Além disso, um mesmo vírus pode causar doença leve em um país e causar morbidade e mortalidade significativas em outro país.

 

Propriedades do vírus

 

         Uma pandemia de influenza é causada por um vírus totalmente novo ou que não circulou de forma disseminada em uma população humana recentemente, o que cria uma vulnerabilidade universal a infecção. Mesmo que nem todas as pessoas se tornem infectadas durante uma pandemia, a maioria das pessoas é suscetível.

         A transmissibilidade do vírus também influencia o impacto da pandemia de influenza, pois pode aumentar o número de pessoas acometidas. Um vírus que se transmita rapidamente, por exemplo, pode neutralizar a capacidade dos governos e serviços de saúde de reagir.

 

Vulnerabilidade da população

 

         A vulnerabilidade da população tem grande impacto nas conseqüências de uma pandemia. Por exemplo, pessoas com condições crônicas como doença cardiovascular, hipertensão, asma, diabetes, artrite reumatóide e outras tem maior probabilidade de apresentar infecção severa ou fatal. A prevalência destas condições, associada a outros fatores como status nutricional podem influenciar na severidade da pandemia de forma significativa.

 

Ondas subseqüentes de disseminação

 

         A severidade de uma pandemia de influenza é influenciada pela tendência do vírus de circular pelo globo em pelo menos 2 e as vezes 3 ondas de disseminação. Por muitas razões a severidade das ondas subseqüentes pode ser diferente nos diversos países.

         Uma característica marcante dos vírus influenza é que as mutações ocorrem frequentemente e de forma imprevisível, e não é possível prever se um vírus mais virulento surgirá durante uma pandemia. No século passado, por exemplo, a pandemia de 1918 começou leve e retornou após 6 meses de forma mais letal. A pandemia de 1957 começou também de forma leve e retornou de forma mais grave, mas de forma menos grave do que em 1918. Já a pandemia de 1968 começou relativamente leve e permaneceu leve na segunda onda na maioria dos países.

 

Capacidade de resposta

 

         A capacidade dos serviços de saúde pode influenciar o impacto de uma pandemia. O mesmo vírus que causa apenas sintomas leves em países com sistema de saúde bem estruturados e com recursos disponíveis pode ser devastador em outros sistemas de saúde com menos recursos e desorganizados.

 

Situação atual da epidemia de influenza A (H1N1)

 

         A cepa do vírus H1N1 causando a epidemia atual não foi vista anteriormente em humanos ou animais e imunidade pré-existente ao vírus provavelmente é baixa ou não existente.

         O vírus H1N1 parece ser mais contagioso do que o vírus influenza sazonal.

         Com exceção da epidemia que ocorreu no México, que teve maior gravidade por razões não completamente compreendidas, o vírus H1N1 tende a causar doença muito leve em pessoas saudáveis. Fora do México praticamente todos os casos de doença mais graves e todas as mortes foram detectadas em pessoas com doenças crônicas. Em termos de vulnerabilidade da população, a tendência do H1N1 de causar doença mais grave ou letal em pessoas com doenças crônicas merece atenção.

 

3 - A OMS não recomenda que viagens sejam restritas

 

(link para as recomendações)

 

         A OMS não sugere restrição a viagens ou fechamento de fronteiras. É considerado prudente que pessoas doentes adiem viagens internacionais e é recomendado que pessoas que desenvolveram sintomas após uma viagem procurem atenção médica.

         Limitar as viagens e impor restrições a elas terá pouco efeito em impedir que o vírus se espalhe e será prejudicial para a comunidade global.

         O Influenza A (H1N1) já foi confirmado em muitas partes do mundo e o foco agora é em minimizar o impacto do vírus através da rápida identificação dos casos suspeitos e tratamento adequado.

 

4 - Recomendação para uso de máscaras na comunidade em surtos de Influenza A (H1N1)

 

(Link para o documento original)

 

         As evidências sugerem que a principal via de transmissão entre humanos é por gotículas respiratórias, como as liberadas durante a fala, tosse ou espirros.

         Qualquer pessoa que estiver em contato próximo (um metro aproximadamente) de alguém com sintomas de influenza (febre, coriza, tosse, espirros, calafrios, mialgia, etc.) esta em risco de exposição a gotículas respiratórias infecciosas.

         Em ambientes hospitalares estudos sugerem que o uso de máscaras pode reduzir a transmissão de influenza.

         Na comunidade, no entanto, os benefícios de usar máscaras não está estabelecido, especialmente em áreas abertas. Em espaços fechados onde houver contato próximo com pessoas com sintomas de influenza este benefício pode existir.

         Mesmo sem benefício comprovado para o uso de máscaras na comunidade, muitos indivíduos podem querer usá-las no domicílio ou na comunidade, principalmente se estiverem em contato com pessoas com sintomas de influenza. Usar a máscara incorretamente, no entanto, pode aumentar o risco de infecção, ao invés de reduzir. Se as máscaras forem utilizadas, devem ser usadas corretamente e associadamente a outras medidas gerais.

 

Medidas gerais para prevenção da disseminação de influenza

 

         É importante ressaltar que medidas gerais provavelmente são mais efetivas do que o uso de máscaras para prevenir a disseminação do vírus influenza na comunidade.

 

Para indivíduos que não estão doentes

 

         Manter uma distância de pelo menos um metro de qualquer indivíduo com sintomas de influenza.

         Não tocar o nariz e a boca.

         Lavar as mãos com água e sabão com freqüência, ou utilizar soluções alcoólicas.

         Reduzir o máximo possível o tempo de contato próximo com pessoas que podem estar doentes.

         Reduzir o máximo possível o tempo em aglomerações.

         Melhorar a circulação de ar no domicílio abrindo as janelas sempre que possível.

 

Para indivíduos com sintomas de influenza

 

         Permanecer no domicílio se não se sentir bem e seguir as recomendações dos órgãos de saúde locais.

         Manter o máximo possível distância de outros indivíduos (pelo menos um metro).

         Cobrir a boca e nariz quando tossir ou espirrar, com tecidos ou lenços, para conter as secreções respiratórias. Descartar ou lavar imediatamente o material e lavar as mãos imediatamente após contato com secreções respiratórias.

         Melhorar a circulação de ar no domicílio abrindo as janelas o máximo possível.

 

Uso de máscaras

 

         Caso se opte pela utilização de máscaras, é necessário que sejam usadas corretamente para assegurar que a utilização seja eficaz e para evitar o aumento no risco de transmissão associada com o uso incorreto.

         A máscara deve ser colocada cuidadosamente de forma a cobrir a boca e o nariz e de forma a minimizar os espaços entre a face e a máscara

         Quando estiver em uso, evitar tocar a máscara.

         Sempre que tocar uma máscara usada, lavar as mãos com água e sabão ou com solução alcoólica.

         Trocar a máscara quando estiver úmida.

         Não reutilizar máscaras descartáveis

 

 

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