Dentre os tratamentos da artrite idiopática juvenil (AIJ) destaca-se a intervenção nutricional realizada por meio de uma alimentação saudável e equilibrada, tendo como base a pirâmide alimentar (Figura 1), que preconiza maior fracionamento e menor volume de alimentos nas refeições, além de estimular a variedade para que haja o consumo de todos os grupos alimentares.
1. Carboidratos ou alimentos energéticos: nesse grupo, é priorizado o consumo dos alimentos em sua forma integral para melhor desempenho digestivo e intestinal.
2. Frutas e hortaliças ou alimentos reguladores: nesse grupo, é enfatizado o consumo dos alimentos in natura, para melhor aporte de vitaminas, minerais e fibras, para o auxílio à perda de peso e saciedade.
3. Alimentos proteicos ou construtores: ricos em vitaminas e eletrólitos que participam da composição do sistema imunológico. Recomenda-se o consumo de carnes magras e/ou brancas e laticínios desnatados ou magros; estes, por serem fontes de cálcio, auxiliam na prevenção da osteoporose.
4. Óleos/gorduras e açúcares: o consumo desse grupo deve ser moderado devido ao seu alto índice calórico e baixo valor nutritivo.
A artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica que causa inflamação nas articulações, rigidez, edema, dor intensa e perda de mobilidade. Os alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3 podem auxiliar na redução da resposta inflamatória, enquanto que os ácidos graxos ômega 6 podem agravá-la. Essas gorduras são encontradas principalmente nos alimentos da Tabela 1.
Dos indivíduos que possuem AR, aproximadamente 20% manifestam alergias alimentares que podem provocar crises da doença. Dentre os alimentos indutores de alergia estão frutos do mar, soja e derivados, trigo, milho, álcool, café e certos aditivos encontrados em produtos industrializados.
É aconselhável o consumo diário de vegetais verdes e frutas frescas, como laranja, limão, damasco, melão, cereja, uva, mamão papaia e ameixa, por terem efeito anti-inflamatório, e as leguminosas que, por meio do zinco, auxiliam o sistema imune. Alguns estudos têm mostrado que o consumo de fontes de vitamina E auxilia na redução da dor em pacientes com AR, sendo encontrada em laticínios, aves, fígado, ovos, oleaginosas e gérmen de trigo.
A anemia pode estar presente nos pacientes com AR, sendo tratada com alimentos ricos em ferro e ácido fólico, indicados na Tabela 2. Em casos de excesso de peso, recomenda-se uma dieta hipocalórica (Tabela 3).
O cuidado alimentar deve ser ainda maior na corticoterapia, devido aos seus efeitos adversos. Em caso de ocorrência de hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes melito (DM) ou dislipidemia (DLP), a dieta deve conter quantidades moderadas de sódio (Tabela 4), de carboidratos simples e de gorduras saturadas (Tabela 5). Como prevenção e/ou tratamento da osteoporose, recomenda-se o consumo de fontes de cálcio e vitamina D (Tabela 6).
Algumas das manifestações clínicas da esclerose sistêmica (ES) podem ser prevenidas, tratadas ou amenizadas pela dietoterapia:
1. Disfagia: recomenda-se uma mudança na consistência da dieta para pastosa ou branda (Tabela 7). Os condimentos fortes e picantes devem ser evitados, assim como frituras, doces concentrados, embutidos, conservas, bebidas gaseificadas, hortaliças e frutas cruas (exceto aquelas que podem ser amassadas).
2. Refluxo gastroesofágico: para amenizar esse sintoma, deve-se evitar alimentos e preparações muito gordurosas, produtos à base de cafeína, bebidas alcoólicas, doces concentrados e alimentos ricos em purina, por estimular a produção do ácido clorídrico (Tabela 8). Recomenda-se fazer de
3. Obstipação intestinal ou diarreia: a utilização de fibras alimentares (Tabela 9) pode ser bastante eficaz no tratamento desses sintomas. Os fruto-oligossacarídeos (FOS) encontrados em alguns alimentos, como alho, cebola, banana, tomate e alcachofra, evitam a disbiose; também podem ser encontrados na forma sintética, disponíveis comercialmente em sachês. Em casos de diarreia, deve-se evitar ao máximo o trabalho digestivo, por meio de uma dieta sem resíduos, mostrada na Tabela 10. Recomenda-se fazer as refeições a cada 3 horas em menor volume e aumentar o consumo de líquidos como água, água de coco, chás de ervas, suco coados, sopas e bebidas isotônicas.
4. Hipertensão arterial sistêmica (HAS): o controle pressórico por meio dos alimentos visa à redução do consumo de cloreto de sódio, minimizando o sal de adição, como também os alimentos ricos em sódio, indicados na Tabela 4. Orienta-se também o consumo de frutas e hortaliças fontes de potássio, por auxiliar na redução da HAS.
5. Anemia: na prevenção e/ou tratamento da anemia, são indicados alimentos fontes de ferro, como mostrado na Tabela 2, e de vitamina C para o aumento absortivo. Já alimentos como farelos, espinafre, café, chá preto ou mate e laticínios junto às refeições principais devem ser evitados, por prejudicarem a biodisponibilidade desse mineral.
A espondilite anquilosante é caracterizada por inflamações vertebroarticulares que ocorrem de forma progressiva, podendo ocasionar dor, imobilidade e alterações da qualidade de vida, além de manifestações não articulares como a osteoporose e doenças inflamatórias do trato intestinal. Nos indivíduos acometidos pela osteoporose, a orientação consiste no consumo adequado dos alimentos fontes de cálcio e vitamina D (Tabela 6).
Em casos de acometimento por doença inflamatória intestinal, a intervenção nutricional visa aliviar a dor abdominal e as crises diarreicas com uma alimentação restrita em resíduos, como produtos lácteos e fibra insolúvel, por acelerarem o trânsito intestinal. O teor dessas fibras insolúveis deve ser introduzido lentamente na dieta, assim como os vegetais crucíferos, leguminosas, oleaginosas e doces muito concentrados devem ser restritos em caso de flatulência. Recomenda-se o consumo de alimentos ricos em fibras solúveis, por retardarem o esvaziamento gástrico e auxiliarem no controle do trânsito intestinal.
A gota é caracterizada pelo depósito de cristais de ácido úrico nas articulações. Seu tratamento consiste em intervenção medicamentosa, nutricional e mudanças no estilo de vida, incluindo manutenção ou perda de peso, sendo indicada a dieta hipocalórica (Tabela 3) e o abandono do consumo de bebidas alcoólicas, além da restrição aos alimentos com alto teor de purina (Tabela 8).
O consumo de frutas e hortaliças frescas é indicado para se obter vitaminas, minerais e fibras, além do consumo de cereais e de carboidratos para a obtenção de energia e de líquidos para minimizar a possível formação de cálculos. Nos casos em que o paciente apresentar a síndrome metabólica associada (Tabela 11), recomenda-se moderação no consumo de alimentos ricos em sódio, carboidratos simples e lipídios, sendo indicados os ácidos graxos mono e poli-insaturados.
O LES é uma doença autoimune que pode causar artralgias, erupções cutâneas, fadiga e xerostomia, além de danificar múltiplos órgãos, principalmente os rins. Pode ser agravado por certos alimentos, sendo aconselhável evitar os que possuem uma substância denominada psoraleno, agente pigmentado dérmico que acentua a fotossensibilidade, como o limão, as limas, o figo, o aipo e a salsa.
A dieta apropriada ao LES deve ser hipocolesterolêmica, como forma de prevenção de doenças cardiovasculares, como a DLP (Tabela 5). Quanto aos efeitos adversos da corticoterapia, recomenda-se dieta hipocalórica (Tabela 3), preventiva do ganho excessivo de peso e rica em cálcio (Tabela 6), além de hipossódica (Tabela 4) em casos de HAS ou retenção hídrica. Se o paciente desenvolver intolerância à glicose ou diabetes, recomenda-se consumo moderado de carboidratos simples e aumento de fibras alimentares:
Quadro 1: Orientação dietética para diabetes
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Açúcar, mel, melado, doces em geral, refrigerantes |
Adoçantes, produtos diet e frutas |
Preparações gordurosas, lanches, fast foods, salgados |
Preparações com carnes magras, frango sem pele, peixes |
Frituras |
Grelhados, cozidos ou assados |
Leite integral e derivados, creme de leite |
Leite desnatado e derivados |
Alimentos refinados (pão, arroz, farinha)* |
Alimentos integrais (pão, arroz), aveia, linhaça |
Conservas e enlatados |
Produtos naturais |
Tubérculos* |
Leguminosas e hortaliças |
Bebidas alcoólicas |
Sucos de frutas (diluídos) |
*Consumir de forma moderada.
Nos casos de síndrome metabólica associada ao LES, as recomendações dietéticas são citadas na Tabela 11. Dentre os sintomas gastrintestinais mais comuns estão dor abdominal e diarreia, sendo aconselhável a alta ingestão hídrica e dieta sem resíduos, como mostrado na Tabela 10, e não fermentativa, reduzida em vegetais crucíferos.
Dentre as alterações sanguíneas, a anemia é a mais frequente, sendo recomendada uma dieta rica em ferro e ácido fólico (Tabela 2). Já nos distúrbios renais, o consumo de alimentos proteicos deve ser restrito.
Como forma preventiva, são indicados os alimentos fontes de vitamina C, betacaroteno, zinco e selênio, por auxiliarem no restabelecimento da imunidade, estimulação da formação óssea e proteção contra as doenças cardiovasculares. Esses nutrientes são encontrados na laranja, cenoura, leite, ovos, vegetais verde-escuros, peixes, castanha-do-pará e cereais integrais.
A osteoartrite é uma doença articular causada por alteração não infecciosa e progressiva na cartilagem das articulações sinoviais e diartroses. Dentre os principais fatores de risco estão o envelhecimento e a obesidade, que deve contemplar uma alimentação equilibrada, com variabilidade dos grupos alimentares e moderada em calorias (Tabela 3), associada a um modo de vida ativo. Recomenda-se que os pacientes façam as refeições tranquilamente, evitando se alimentar em momentos de ansiedade ou nervosismo.
Quando a decomposição óssea é mais rápida que sua formação, caracteriza-se a osteoporose. Uma alimentação deficiente em cálcio e vitamina D é uma das causas do desenvolvimento dessa patologia. A vitamina D (25-hidroxivitamina D), além de ser responsável pela correta absorção do cálcio, pode prevenir os sintomas das doenças autoimunes e melhorar a propriedade elástica das artérias em doenças cardiovasculares.
A prevenção da osteoporose deve ter início na infância, com uma dieta rica em cálcio e vitamina D (Tabela 6) e prática de atividade física. É recomendada a manutenção adequada de peso corpóreo e moderação no consumo de cafeína e de sódio (Tabela 4), por reduzir a retenção e aumentar a excreção de cálcio, respectivamente.
A síndrome antifosfolípide (SAF) é uma doença autoimune que causa eventos trombóticos arteriais ou venosos, abortos de repetição e morte fetal. Pode ser classificada como primária, secundária (principalmente ao LES) e/ou obstétrica. O tratamento consiste na anticoagulação oral e dieta hipogordurosa moderada em vitamina K (aproximadamente 1 mcg/kg de peso/dia). O recomendado é que seu consumo seja diário e restrito para não interferir com o tratamento medicamentoso (evitando tanto as hemorragias quanto a hipercoagulabilidade).
Quadro 2: Alimentos com teores aumentados e reduzidos
Alimentos ricos em vitamina k |
Alimentos pobres em vitamina k |
Espinafre, couve, brócolis, repolho e couve de Bruxelas* |
Batata, batata doce, rabanete, cebola, tomate vermelho, pepino sem casca, cogumelos, beterraba e cenoura |
Alface, couve-flor, agrião, aspargo, almeirão, tomate verde, cebolinha verde, vagem, algas marinhas |
Carnes: bovina, de frango ou peixe fresco, atum em salmoura, carnes grelhadas, peito de peru |
Grão-de-bico, lentilha, soja e derivados, ervilha |
Torradas, biscoitos sem recheio e pães |
Fígado, miúdos em geral, atum em óleo |
Leite desnatado, iogurtes desnatados e queijos brancos |
Óleos vegetais em geral |
Cereais integrais, matinais e barra de cereais |
Nozes, castanha de caju e pistache |
Banana, pera, morango, melancia, maçã sem casca, pêssego |
Kiwi, abacate, ameixa seca, figo, amora silvestre e uva* |
Preparações: café, ovo cozido, arroz, feijão cozido, massas (com molhos simples), creme de milho, catchup, milho, farinhas, sopas |
Preparações: ovo frito, pipoca, lasanha, molhos prontos, hambúrguer, pizza, petiscos, panqueca, waffles, lanches matinais (croissants), creme de espinafre, tablete de caldo de carne ou de legume, molhos de tomate industrializados |
|
* Esses alimentos devem ser evitados por terem grandes quantidades da vitamina K.
Os pacientes com SAF ainda podem apresentar anemia e osteoporose, devido ao anticoagulante. Nesses casos, é recomendado seguir a orientação acima e acrescentar fontes de ferro (Tabela 2), cálcio e vitamina D (Tabela 6) na dieta.
A síndrome de Sjögren é uma doença sistêmica, inflamatória e autoimune, com acometimentos glandulares. O paciente apresenta principalmente xeroftalmia e xerostomia, que causa a necessidade de ingestão de líquidos em goles frequentes. É necessário estimular a salivação por meio do consumo de líquidos amargos, como limonada, líquidos com temperatura quente, consumo de frutas ácidas na ausência de aftas orais e de gomas de mascar sem açúcar, para tornar mais diluída a saliva já existente. Não são aconselhadas as preparações muito condimentadas ou salgadas (Tabela 4).
O consumo de alimentos secos pode ser ainda mais prejudicial, sendo indicadas preparações ensopadas. Nos casos de dificuldade de deglutição, aconselha-se o consumo de preparações trituradas ou amassadas. A Tabela 7 apresenta algumas preparações pastosas umidificadas e amolecidas para auxiliar na redução da xerostomia. A dieta rica em ômega 3 (salmão, sardinha, atum, linhaça e azeite) também é recomendada pelo efeito anti-inflamatório.
Tabela 1: Alimentos fontes de ômegas 3, 6 e 9
Fontes de ômega 3 |
Fontes de ômega 6 |
Fontes de ômega 9 |
Peixes de água fria (salmão, sardinha, atum, óleo de peixe) |
Óleos de milho, soja, girassol, amendoim, açafrão, algodão e prímula |
Azeite de oliva |
Óleo e semente de linhaça, óleo de noz e de canola |
Leite (menor quantidade) |
Óleos de amendoim, canola e açafrão |
Margarina enriquecida |
Carne (menor quantidade) |
Abacate |
Tabela 2: Alimentos fontes de ferro e ácido fólico
Fontes de ferro |
Fontes de ácido fólico |
Carnes, aves, peixes, miúdos, gema de ovo |
Miúdos |
Verduras verde-escuras, beterraba |
Vegetais folhosos e legumes |
Leguminosas e cereais integrais |
Milho |
Figo, ameixa preta, damasco, tâmara, passas |
Amendoim |
Produtos enriquecidos com ferro |
Levedo |
Tabela 3: Dieta hipocalórica
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Açúcar, açúcar mascavo, mel, doces em geral |
Adoçante, frutas, gelatinas |
Bebidas alcoólicas e gaseificadas |
Água, chás, sucos de frutas diluídos |
Frituras |
Alimentos grelhados, cozidos, assados |
Carnes gordas, pele de frango |
Carne sem gordura visível, peito de frango, peixe |
Frios e embutidos |
Peito de peru, blanquet de chéster |
Temperos industrializados |
Temperos naturais |
Molhos para salada, molhos cremosos, catchup |
Molhos à base de iogurtes desnatados, limão, vinagre |
Queijos gordos |
Queijos brancos e magros |
|
Verduras e legumes |
Tabela 4: Dieta hipossódica
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Temperos industrializados |
Temperos naturais |
Conservas, enlatados |
Produtos naturais e frescos |
Frios e embutidos |
Carnes magras, aves e peixes |
Queijos gordos |
Queijos brancos e magros (sem sal) |
Sopas em pacote e tempero de macarrão instantâneo |
Sopas caseiras e massas com molho simples |
Pão francês, biscoito de água e sal ou cream cracker |
Pão integral, pão de leite, pão doce, biscoito água, biscoito tipo maisena |
Manteiga ou margarina com sal |
Margarina cremosa sem sal, geleia |
Obs: o bacalhau, a carne seca ou a defumada podem ser consumidos desde que o sal utilizado como conservante seja muito bem retirado no preparo.
Tabela 5: Dieta hipocolesterolêmica
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Laticínios integrais, queijos gordos |
Laticínios desnatados, queijos brancos e magros |
Manteiga, margarinas duras |
Margarinas cremosas e/ou light |
Frituras |
Alimentos grelhados, cozidos, assados |
Carnes gordas, pele de frango, miúdos, frutos do mar, frios e embutidos |
Carnes magras, peito de frango, peru e chéster sem pele, peixes (salmão, atum, sardinha) |
Maionese, molhos para salada, molho branco |
Molhos à base de iogurtes desnatados, limão, vinagre |
Doces cremosos e/ou com coco |
Gelatina diet, frutas, doces à base de frutas, sorvetes de frutas, sucos naturais |
Biscoitos recheados e cremosos, amanteigados |
Pães integrais, torradas, biscoitos sem recheio |
Gema de ovo (no máximo, 2 unidades/semana, cozidas) |
Hortaliças, cereais, leguminosas, frutas oleaginosas |
Gordura vegetal hidrogenada |
Clara de ovo |
|
Azeite, óleos de canola, soja, milho, girassol |
Tabela 6: Alimentos fontes de cálcio e vitamina D
Fontes de cálcio |
Fontes de vitamina D |
Leite e derivados |
Leite |
Tofu (queijo de soja) |
Fígado, músculo bovino, sardinha, atum, salmão |
Peixe enlatado (p.ex., sardinha) |
Óleo de fígado de peixe (bacalhau, salmão) |
Feijão e ervilhas secas |
Margarina |
Verduras verde-escuras (exceto o espinafre) |
Gema de ovo |
Algas marinhas |
Cogumelos |
Produtos enriquecidos com cálcio |
Produtos enriquecidos com a vitamina D |
Tabela 7: Preparações de consistência pastosa e branda
Consistência pastosa |
Consistência branda |
Mingaus, papas, purês, suflês e patês |
Mingaus, leite e derivados, papas, purês, suflês e patês |
Vitamina de frutas |
Vitamina de frutas |
Ovo cozido (gema mole) |
Ovo cozido |
Arroz refinado bem cozido |
Arroz refinado cozido |
Leguminosas liquidificadas e passadas na peneira |
Leguminosas cozidas |
Massas bem cozidas |
Massas cozidas |
Legumes bem cozidos, sopas |
Legumes cozidos, sopas |
Frutas cruas (maçã e pera raspadas, banana e morango amassados, creme de abacate) e cozidas |
Frutas cruas (maçã e peras raspadas, banana e morango amassados, creme de abacate) e cozidas |
Carnes (desfiadas ou moídas e bem cozidas) |
Carnes magras e macias, aves, peixes |
Doces pastosos e/ou cremosos, geleias |
Doces cremosos, geleias |
Tabela 8: Dieta para refluxo gastroesofágico
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Frituras |
Preparações cozidas, assadas, grelhadas |
Bebidas alcoólicas ou gaseificadas |
Sucos de frutas |
Café, chá preto ou mate (produtos com cafeína) |
Chá de ervas |
Doces concentrados |
Doces pouco concentrados |
Embutidos e frios |
Laticínios desnatados |
Condimentos, corantes e molhos picantes |
Temperos naturais |
Frutas ácidas |
Frutas não ácidas |
Vegetais crucíferos |
Vegetais em geral |
Tabela 9: Alimentos com alto teor de fibras
Cereais integrais e derivados |
Verduras cruas |
Legumes, de preferência com casca |
Frutas |
Frutas secas |
Leguminosas |
Tabela 10: Alimentos sem resíduos
Alimentos recomendados |
Alimentos a serem evitados |
Mingau de farinha de trigo, araruta, maisena |
Doces concentrados |
Ovo quente, cozido ou pochê, queijo fresco, ricota |
Embutidos, frios, frutos do mar |
Sopas caseiras e caldo de feijão |
Sopas industrializadas, sopas creme |
Arroz bem cozido, macarrão cozido em água e sal |
Frituras em geral |
Batata cozida, purês, mandioca, mandioquinha |
Condimentos picantes e molho para salada |
Legumes cozidos, feijão amassado e coado |
Verduras cruas ou refogadas, conservas em lata |
Frutas maduras não ácidas e doces |
Frutas secas e frutas ácidas |
Carnes sem gordura, ave, peixe fresco |
Carne tipo milanesa, apimentada, acebolada e frita |
Torrada, bolacha de água e sal |
Cereais integrais, oleaginosas |
Chás de ervas |
Bebida alcoólica, refrigerante, café, chá preto, mate |
Tabela 11: Dieta para síndrome metabólica
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Leite integral e derivados, manteiga |
Leite desnatado e derivados, margarinas cremosas |
Doces concentrados e cremosos |
Frutas, gelatina diet |
Biscoitos recheados, amanteigados |
Pães, torradas e biscoitos integrais, bolacha água |
Açúcar, mel, açúcar mascavo |
Adoçantes artificiais |
Refrigerantes, sucos artificiais adoçados, garapa |
Água, chá, suco natural diluído, suco artificial diet |
Miúdos, carnes gordas, embutidos, frutos do mar |
Carnes magras, peixes em geral, clara de ovo |
Asa, pescoço, pé e pele de frango |
Peito de frango, peru e chéster sem pele |
Sopas prontas, tempero de macarrão instantâneo |
Cereal, leguminosa, verduras e legumes |
Salgados e salgadinhos de pacote |
Preparações ao forno |
Temperos industrializados, conservas, enlatados |
Temperos e produtos naturais |
Gordura vegetal hidrogenada |
Azeite, óleos vegetais |
Tabela 12: Dieta para hiperuricemia
Alimentos a serem evitados |
Alimentos recomendados |
Miúdos em geral, bacon, extrato de carne |
Carne de vaca, coelho, miolo*, presunto* |
Algumas aves (pombo, ganso, peru, galeto) |
Galinha |
Ovas de peixe, arenque, mexilhão, cavala, sardinha, salmonete, anchova, bacalhau haddock, salmão, truta |
Peixes (exceto os proibidos), camarão, lagosta, caranguejo* |
Carnes, peixes defumados ou em conserva, embutidos |
Feijão, lentilha, ervilha, grão de bico* |
Legumes fritos |
Frutas, verduras, frutas oleaginosas (coco), nozes* |
Leite integral e derivados |
Leite desnatado e derivados |
Bebidas alcoólicas, principalmente a cerveja |
Chá de ervas, suco de frutas e gelatinas |
Gordura da carne, banha, óleo de coco, dendê |
Cereais, doces e açúcares* |
Caldo de carne em tabletes, extrato ou molho de carne |
Manteiga, margarina, óleos* |
|
Condimentos, ervas, cogumelos |
*Alimentos que devem ser consumidos com moderação.
Figura 1: Pirâmide nutricional
1. Borchers AT, et al. Juvenile idiopathic arthritis. J Autrev. 2006:279-298.
2. Cleary AG, et al. Nutritional impairment in juvenile idiopathic arthritis. Rheumatology. 2004;43:1569-1573.
3. Angelis RC. Novos conceitos
4. Philippi ST, et al. Pirâmide alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos. Rev Nutr Campinas. 1999;12:65-80.
5. Schumacher Jr. HR. Management strategies for osteoarthritis, ankylosing spondylitis, and gouty arthritis. J Clin Rheumatol. 2004;10:S18-S25.
6. Chehter EZ. Doença do refluxo gastroesofágico: uma afecção crônica. Arq Med ABC. 2004;29:12-18.
7. Pinheiro GRC. Revendo a orientação dietética na gota. Rev Bras Reumatol. 2008;8:157-161.
8. Pillinger MH, Keenan RT. Update on the management of hyperuricemia and gout. Bull NYU Hosp JT Dis. 2008;66:231-239.
9. Paans N, et al. The effects of exercise and weight loss in overweight patients with hip osteoarthritis: design of a prospective cohort study. BMC Musculoskelet Disorders; 2009. Available from: http://www.biomedcentral.com/1471-2474/10/24.
10. Felberg S, Dantas PEC. Diagnóstico e tratamento da síndrome de Sjögren. Arq Bras Oftalmol. 2006;69:959-963.
11. Prentice A. Diet, nutrition and the prevention of osteoporosis. Public Health Nutrition. 2004;7,227-243.
12. Klack K, Carvalho JF. Vitamina K: metabolismo, fontes e interação com o anticoagulante varfarina. Rev Bras Reumatol. 2006;46:398-406.
13. Tidow-Kebritchi S, Mobarhan S. Effects of diets containing fish oil and vitamin E on rheumatoid arthritis. Nutr Rev 2001;59:335-338.