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DIRETRIZ – Deficiência de vitamina D em adultos

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 19/07/2011

Comentários de assinantes: 2

Especialidades: Medicina de Família/ Endocrinologia

 

Área de atuação: Medicina Ambulatorial

 

Resumo: este artigo traz os principais pontos da diretriz da Sociedade Americana de Endocrinologia a respeito da avaliação, do tratamento e da prevenção da deficiência de vitamina D em adultos.

 

Contexto clínico

Atualmente, muitas das publicações que vêm sendo divulgadas se relacionam à deficiência de vitamina D com diversas doenças, principalmente cardiovasculares, fazendo com que muitos médicos investiguem desnecessariamente a possibilidade de deficiência de vitamina D ou passem a fazer reposições inúteis. Trazemos aqui um resumo dos principais pontos abordados nesta diretriz da Sociedade de Endocrinologia dos EUA a respeito da avaliação, do tratamento e da prevenção da deficiência de vitamina D em adultos.

O principal ponto que esta diretriz traz é a não necessidade de rastreamento em massa. O mais importante é avaliar caso a caso para recomendar a suplementação diária, além de recomendações sobre exposição solar, pois os benefícios que têm evidência continuam sendo aqueles relacionados a doenças ósseas.

 

Principais pontos

1.     O rastreamento populacional para deficiência de vitamina D não é recomendado, pois não há boas evidências que suportem esta atitude. Entretanto, pode-se fazer o rastreamento em adultos que são de alto risco para deficiência, incluindo aqui pacientes com osteoporose, obesidade ou história de quedas.

2.     A deficiência de vitamina D é definida por um nível sérico de 25-hidroxi-vitamina D (25[OH]D) < 20 ng/mL (ou 50 nmol/L). Essa definição é consistente com relatório recente do Institute of Medicine, que faz parte da Academia Americana de Ciências, e tem como foco a base em evidências.

3.     A recomendação de ingestão diária para adultos é de, ao menos, 600 UI/dia (800 UI/dia para pessoas > 70 anos), mas adultos de risco podem ser necessários = 1.500 UI/dia. Poucos alimentos contêm vitamina D em abundância de forma natural, e muitos adultos não consomem alimentos enriquecidos com vitamina D, nem se expõem de forma adequada à luz solar para manter os níveis de vitamina D adequados. Pessoas de pele escura tem maior risco de deficiência que pessoas brancas.

4.     Tanto a vitamina D2 (ergocalciferol) como a D3 (colecalciferol) são suplementos aceitáveis.

5.     O tratamento da deficiência de vitamina D é indicado para diversas razões do ponto de vista de alterações ósseas; as evidências apontam inclusive que o tratamento diminui a incidência de quedas em idosos. Por outro lado, não há evidência consistente que mostre prevenção de doença cardiovascular, diminuição de mortalidade ou melhoria da qualidade de vida.

 

Bibliografia

1.     Holick MF et al. Evaluation, treatment, and prevention of vitamin D deficiency: An Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab 2011 Jun 6; [e-pub ahead of print]. (http://dx.doi.org/10.1210/jc.2011-0385) (Fator de Impacto: 6,202)

2.     IOM (Institute of Medicine). 2011. Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D. Washington, DC: The National Academies Press. [link para a publicação]

Comentários

Por: Atendimento MedicinaNET em 15/02/2013 às 11:43:09

"Caro André, Agradecemos pela opinião que manifestou em nosso site. É sempre importante notar que os textos trazem à tona discussões clínicas. Reforçamos que os sumários de Diretrizes publicados no MedicinaNET têm papel de atualização, e não de limitação da prática clínica de qualquer médico. O objetivo é apenas de mantê-lo atualizado frente a publicações internacionais. Este resumo de artigo se refere às recomendações de uma Diretriz Internacional publicada em 2011, especificamente da Sociedade Americana de Endocrinologia. Essa diretriz não recebeu nenhuma atualização ou revisão, como pode ser visto no site da Sociedade em questão (www.endo-society.org/guidelines/Current-Clinical-Practice-Guidelines.cfm). Sugerimos a leitura de carta publicada na mesma revista onde foi publicada a diretriz; nessa carta, discute-se inclusive que talvez a recomendação da diretriz esteja muito alta. Segue o link: http://jcem.endojournals.org/content/96/7/1911/reply#jcem_el_88629 Boa leitura e, mais uma vez, agradecemos pelo contato. Atenciosamente, Editores do MedicinaNET"

Por: Andre Augusto da Costa Lage em 13/02/2013 às 19:41:44

"Este artigo está totalmente desatualizado pois o colecalciferol em altas doses vem curando muitas doenças degenerativas e auto imunes. Os valores de referencia deveriam ser mais altos com o ideal aproximadamente 50 ng/ml e o rasteramento sempre será necessario devido a baixa exposiçao ao sol da populaçao atual,com deficiencia em sao paulo ,no inverno,em torno de 77% da populaçao geral."

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