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Angioplastia com Paclitaxel para Doença Arterial Periférica

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 09/10/2015

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Contexto Clínico

O tratamento de doença arterial periférica com angioplastia transluminal percutânea é limitada pela ocorrência de recuo do vaso e reestenose. Balões de angioplastia revestidos com drogas, no caso, agentes antiproliferativos, aplicados diretamente na parede da artéria, têm potencial de melhorar a desobstrução do vaso por reduzir a reestenose.

 

O Estudo

Neste ensaio clínico duplo-cego, randomizado, multicêntrico, os pacientes foram distribuídos, em uma proporção de 2: 1 para angioplastia com balão revestido com paclitaxel ou angioplastia padrão. Foram 476 pacientes com claudicação intermitente sintomática, ou dor isquêmica em repouso, e lesões ateroscleróticas angiograficamente significativas. O desfecho primário avaliado foi a permeabilidade primária da lesão-alvo em 12 meses (definida como ausência de reestenose ou necessidade de revascularização da lesão-alvo). O ponto final primário de segurança (eventos adversos) foi um composto de ausência de morte perioperatória por qualquer causa e ausência aos 12 meses de morte relacionada com o membro (ou seja, a morte de uma complicação médica relacionada a um membro), amputação e reintervenção.

Os dois grupos eram parecidos na linha de base; 42,9% dos pacientes apresentavam diabetes, e 34,7% eram tabagistas. Aos 12 meses, a taxa de permeabilidade primária entre os pacientes que tinham sido submetidos à angioplastia com o balão revestido de droga foi superior ao que entre os pacientes submetidos à angioplastia convencional (65,2% vs. 52,6%, P = 0,02). A proporção de pacientes livres de eventos adversos foi de 83,9% com o balão revestido com fármaco e 79,0% com angioplastia padrão (P = 0,005 para não inferioridade). Não houve significativas diferenças entre os grupos em resultados funcionais ou nas taxas de morte, amputação, trombose ou reintervenção.

 

Aplicações Práticas

Entre os pacientes com doença arterial periférica femoropoplítea sintomática, angioplastia transluminal percutânea com balão revestido com paclitaxel resultou numa taxa de permeabilidade primária aos 12 meses que foi superior à taxa de angioplastia com balão. O balão revestido de droga não foi inferior ao balão padrão com relação à segurança, porém os resultados de taxas de morte, amputação, trombose ou reintervenção foram iguais. Ainda é cedo para introduzir essa prática, dado que os desfechos clínicos mais importantes não foram diferentes. Talvez novos estudos demonstrem superioridade desta intervenção promissora na área de vascular.

 

Bibliografia

 

Rosenfield K, et al. Trial of a Paclitaxel-Coated Balloon for Femoropopliteal Artery Disease. June 24, 2015DOI: 10.1056/NEJMoa1406235.

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