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Adicionando Ziprasidona na Depressão Maior

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 16/11/2015

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Contexto Clínico

O controle maior da depressão  é sempre um desafio na prática médica. Os autores do estudo que apresentaremos procuraram testar a eficácia da ziprasidona adjuvante em adultos com maior depressão  unipolar não psicótica experimentando sintomas persistentes após oito semanas de tratamento exclusivamente com escitalopram.

 

O Estudo

Este foi um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, que durou oito semanas e foi realizado em três centros médicos acadêmicos. Os participantes foram 139 pacientes ambulatoriais com sintomas persistentes de depressão maior após oito semanas de uso de escitalopram (fase 1 do estudo), distribuídos aleatoriamente em uma proporção de 1: 1 para receber ziprasidona adjuvante (escitalopram mais ziprasidona, N = 71) ou placebo adjuvante (escitalopram mais placebo, N = 68), com oito avaliações de acompanhamento semanais. O desfecho primário foi a resposta clínica, definida como uma redução de pelo menos 50% na pontuação nos 17 itens da escala Hamilton Depression Rating Scale (HAM-D). A  Hamilton Anxiety Rating scale (HAM-A) e a Escala Analógica Visual de Dor foram definidas a priori como as principais medidas de desfecho secundárias.

As taxas de resposta clínica (35,2% em comparação com 20,5%) e melhora na pontuação total HAM-D (-6,4 [DP = 6,4] em comparação com -3,3 [DP = 6,2]) foram significativamente maiores no grupo que usou escitalopram mais ziprasidona. Várias medidas secundárias de eficácia antidepressiva também favoreceram o esquema com ziprasidona adjuvante. O grupo escitalopram mais ziprasidona também mostrou melhora significativamente maior na pontuação da HAM-A, mas não em Escala Visual Analógica para escore de dor. Dez (14%) pacientes do grupo escitalopram mais ziprasidona interromperam o tratamento por causa da intolerância, em comparação a nenhuma do escitalopram mais placebo.

 

Aplicações Práticas

 O que este estudo traz é que a ziprasidona sendo usada como um complemento para o escitalopram demonstrou eficácia antidepressiva em pacientes adultos com transtorno depressivo maior com sintomas persistentes após oito semanas de tratamento exclusivo com escitalopram. Essa é uma ótima ideia a ser incorporada na prática clínica.

 

Bibliografia

Papakostas GI et al. Ziprasidone augmentation of escitalopram for major depressive disorder: Efficacy results from a randomized, double-blind, placebo-controlled study. Am J Psychiatry 2015 Jun 18; [e-pub].

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