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Condução da Hidronefrose Pré-natal

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 25/11/2015

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Contexto Clínico

Entre os grandes papéis do ultrassom feito na fase pré-natal está a detecção de anomalias congênitas do trato geniturinário. Entre essas anomalias está a hidronefrose pré-natal persistente. A hidronefrose pré-natal persistente (HPP) é normalmente diagnostica por imagem e então é feito um seguimento pós-natal. Entretanto, em casos de hidronefrose pré-natal resolvida intraútero (HPR) não está claro qual deve ser o seguimento pós-natal.

 

O Estudo

Esse foi um estudo que envolveu casos de hidronefrose pré-natal, tanto persistente (HPP) quanto resolvida intraútero (HPR). Foi realizada uma revisão retrospectiva de todos os pacientes consecutivos avaliados para hidronefrose pré-natal ao longo de 24 meses. Os pacientes foram acompanhados com ultrassons pré-natal e no pós-natal com ultrassonografia e cistouretrografia miccional.

Dos 165 pacientes consecutivos incluídos no estudo, 72 tinham HPR. O comprimento ântero-posterior pré-natal da pelve renal foi significativamente maior em pacientes com HPP (5,5 mm) do que naqueles com HPR (4,9 mm) (p = 0,01). Hidronefrose pós-natal ocorreu em 44% dos pacientes com HPR, com eventual resolução em 34% das crianças afetados. Em comparação, 29% dos casos de HPP foram resolvidos após o nascimento. A média de tempo de resolução foi estatisticamente menor para HPP (116 dias) do que para HPR (175 dias) (p = 0,01). Sete pacientes com HPP necessitaram de cirurgia, enquanto nenhum paciente com HPR precisou de intervenção (a diferença foi estatisticamente significativa).

 

Aplicações Práticas

Por esse estudo observacional, podemos concluir que mesmo nos casos de HPR, ocorreu hidronefrose pós-natal. Nesses casos, a resolução da hidronefrose foi mais lenta do que nos casos de HPP, porém houve menos necessidade de cirurgia. Mas em resumo, o que podemos concluir é que qualquer caso de hidronefrose pré-natal precisa de seguimento pós-natal, independente de sua resolução intraútero.

 

Referências

Scarborough PL et al. Should prenatal hydronephrosis that resolves before birth be followed postnatally? Analysis and comparison to persistent prenatal hydronephrosis. Ped Nephro September 2015, Volume 30, Issue 9, pp 1485-1491.

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