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Enchimento da Bexiga e Acurácia de Ultrassonografia Abdominal em Pediatria

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 01/02/2017

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Contexto Clínico

A ultrassonografia (USG) substituiu a tomografia computadorizada como estudo de imagem inicial para a maioria das crianças com suspeita de apendicite. Algumas instituições exigem o enchimento da bexiga para facilitar exames de ultrassom, porém isso pode ser desconfortável e atrasar o tratamento. A bexiga com menos de 75% de sua capacidade cheia é considerada com enchimento subótimo.

 

O Estudo

Este é um estudo que examinou o efeito da bexiga cheia em USG diagnóstica em crianças com suspeita de apendicite, bem como o efeito da bexiga cheia em proporções de ovários totalmente visualizadas em USG em crianças do sexo feminino com suspeita de apendicite.

Foi realizada uma revisão retrospectiva de registro de saúde de jovens de 2?17 anos que se apresentaram a um departamento de emergência pediátrica terciário com suspeita de apendicite e nos quais foi realizada USG. Foram comparadas as proporções de diagnóstico em crianças com bexigas cheias e não cheias, assim como as proporções de visualização do ovário em meninas com bexigas cheias ou parcialmente cheias.

No total, 678 crianças foram incluídas na análise final. A proporção de estudos diagnósticos não variou de forma significativa entre os grupos com bexiga cheia (132/283, 47%; IC 95%: 38?56%) ou bexiga parcialmente cheia (205/395, 52%; IC 95%: 47?57%) ? P = 0,17. As taxas de visualização do ovário foram maiores nas meninas com a bexiga cheia (196/205, 96%; IC 95%: 93?99%) em comparação com aquelas com a bexiga parcialmente cheia (180/223, 81%, IC 95%: 76?86%) ? P <0,01.

 

Aplicação Prática

O responsável pela elaboração de protocolos clínicos de atendimento de emergência deve considerar a remoção da necessidade rotineira de enchimento da bexiga para realizar USG em protocolos de apendicite pediátricos atuais, tanto em meninos, quanto em meninas, sobretudo na faixa etária pré-púbere, em que a patologia de ovário não é suspeita. O enchimento da bexiga é recomendado para o sexo feminino em caso de suspeita de patologia ovariana.

 

Bibliografia

Ross M et al. The effect of a full bladder on proportions of diagnostic ultrasound studies in children with suspected appendicitis. CJEM 2016 Nov; 18:414.

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