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Rastreamento para Fibrilação Atrial deve ser feito?

Autor:

Lucas Santos Zambon

Doutorado pela Disciplina de Emergências Clínicas Faculdade de Medicina da USP; Médico e Especialista em Clínica Médica pelo HC-FMUSP; Diretor Científico do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP); Membro da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar (ABMH); Assessor da Diretoria Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.

Última revisão: 14/04/2022

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Contexto Clínico

 

A fibrilação atrial (FA) clínica é umataquiarritmia atrial que tem sido tradicionalmente definida pela documentaçãoda arritmia em um eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações. A FA pode serpersistente ou paroxística, sintomática ou assintomática. À medida que osdispositivos cardíacos implantáveis ??e os dispositivos de monitoramentocardíaco portáteis ou vestíveis se tornaram mais comuns, surgiu uma novacategoria de FA, chamada de FA subclínica.

A FA é a arritmia cardíaca mais comum.A prevalência de FA aumenta com a idade, de menos de 0,2% em adultos com menosde 55 anos para cerca de 10% naqueles com 85 anos ou mais, com maiorprevalência em homens do que em mulheres. A FA é um importante fator de riscopara acidente vascular cerebral isquêmico. Aproximadamente 20% dos pacientesque têm um AVC associado à FA são diagnosticados pela primeira vez com FA nomomento do AVC ou logo depois.

 

Recomendações

 

Para atualizar sua recomendação de2018, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) encomendou umarevisão sistemática sobre os benefícios e os malefícios da triagem para FA emidosos, a precisão dos testes de triagem, a eficácia dos testes de triagem paradetectar FA não diagnosticada anteriormente em comparação com cuidadoshabituais e os benefícios e os malefícios da terapia anticoagulante para otratamento da FA detectada por triagem em idosos.

A USPSTF conclui que faltam evidências,e o equilíbrio entre benefícios e danos da triagem para FA em adultosassintomáticos não pode ser determinado. Essa recomendação se aplica a adultoscom 50 anos ou mais sem diagnóstico ou sintomas de FA e sem histórico de ataqueisquêmico transitório ou acidente vascular cerebral.

Além de não recomendar o rastreamentode FA em adultos com 50 anos ou mais assintomáticos, a USPSTF destaca os gapsde pesquisa existentes:

? Ensaios randomizados envolvendopessoas assintomáticas que comparem diretamente o rastreamento com os cuidadosusuais e que avaliem tanto os resultados quanto os danos à saúde.

? Como otimizar a precisão dos testesde rastreamento ou estratégias para FA.

? Compreender o risco de acidentevascular cerebral associado à FA subclínica ou à FA detectada com o uso dedispositivos de consumo, como esse risco varia com a duração ou carga da FA e obenefício potencial da terapia de anticoagulação entre pessoas com FAsubclínica.

 

Bibliografia

 

1.            US Preventive Services Task Force. Screeningfor Atrial Fibrillation: US Preventive Services Task Force RecommendationStatement. JAMA. 2022;327(4):360?367.

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