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Rubéola

Última revisão: 31/05/2009

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Reproduzido de:

Dermatologia na Atenção Básica de Saúde / Cadernos de Atenção Básica Nº 9 / Série A - Normas de Manuais Técnicos; n° 174 [Link Livre para o Documento Original]

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Políticas de Saúde

Departamento de Atenção Básica

Área Técnica de Dermatologia Sanitária

BRASÍLIA / DF – 2002

 

Rubéola

CID-10: B06

 

DESCRIÇÃO DA RUBÉOLA

Doença exantemática viral aguda, caracterizada por exantema máculo-papular, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se para o tronco e membros (Figura 1). Apresenta febre baixa e linfodenopatia generalizada, principalmente subocciptal, pós-auricular e cervical posterior, geralmente precedendo o exantema, em 5 a 10 dias. Adolescentes e adultos podem apresentar poliartralgia, poliartrite, conjuntivite, coriza e tosse.

 

Figura 1: Rubéola.

 

 

SINONÍMIA

Sarampo alemão.

 

ETIOLOGIA DA RUBÉOLA

Vírus RNA, gênero Rubivírus, família Togaviridae.

 

RESERVATÓRIO

O homem.

 

MODO DE TRANSMISSÃO DA RUBÉOLA

Direto, através do contato com secreções nasofaríngeas de pessoas

infectadas.

 

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

De 14 a 21 dias, com duração média de 17 dias, podendo variar de 12 a 23 dias.

 

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE DA RUBÉOLA

De 5 a 7 dias antes do início do exantema e de 5 a 7 dias após.

 

DIAGNÓSTICO DA RUBÉOLA

É clínico, laboratorial e epidemiológico. Leucopenia é um achado freqüente. O diagnóstico sorológico pode ser realizado através da detecção de anticorpos IgM específicos para Rubéola, desde o início até o 28º dia após o exantema. A sua presença indica infecção recente. A detecção de anticorpos IgG ocorre, geralmente, após o desaparecimento do exantema, alcançando pico máximo entre 10 e 20 dias, permanecendo detectáveis por toda a vida. São utilizadas as seguintes técnicas: inibição da hemaglutinação, que apesar do baixo custo e simples execução, seu uso vem sendo substituído por outras técnicas mais sensíveis, como aglutinação do látex, imunofluorescência, hemaglutinação passiva, ensaio imunoenzimático (ELISA). Os laboratórios de referência para o diagnóstico da Rubéola, realizam de rotina, somente a pesquisa de anticorpos IgM, pelo método ELISA, no caso de Rubéola pós natal. A conduta para gestantes é diferenciada.

 

TRATAMENTO DA RUBÉOLA

De suporte.

 

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA RUBÉOLA

Distribuição universal, com maior freqüência no final do inverno e início da primavera. Observa-se a ocorrência de epidemias cíclicas, a depender da existência de suscetíveis. Nas populações não imunizadas, a Rubéola pós-natal ocorre com freqüência em crianças de 5 a 9 anos, sendo uma doença benigna e com baixa letalidade, atingindo também adolescentes e adultos.

 

OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Identificar precocemente a circulação do vírus nas populações, visando a adoção das medidas de controle pertinentes (imunização), com o propósito de evitar a ocorrência de novos casos de síndrome da Rubéola congênita.

 

NOTIFICAÇÃO

Doença de notificação compulsória e de investigação obrigatória.

 

DEFINIÇÃO DE CASO DA RUBÉOLA

Rubéola pós-natal.

 

Suspeito

Toda pessoa com febre, exantema máculopapular e linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical, que o profissional de saúde suspeite do diagnóstico de Rubéola, independentemente da situação vacinal.

 

Confirmado

Por um dos seguintes critérios: 1) indivíduo com exame laboratorial positivo para IgM; 2) vínculo epidemiológico a caso confirmado laboratorialmente no período de 12 a 23 dias do aparecimento dos sintomas; 3) clínico: quando houver suspeita clínica, sem investigação epidemiológica e sem coleta de sangue para sorologia; 4) falta de acompanhamento: caso suspeito sem realização ou conclusão de investigação epidemiológica e exames laboratoriais.

 

Descartado

Quando o exame sorológico for negativo para pesquisa de IgM do 1º ao 4º dia ou após o 28º dia do início do exantema; ou tiver vínculo epidemiológico e clínico compatível com outra doença exantemática.

 

MEDIDAS DE CONTROLE DA RUBÉOLA

Para diminuir a circulação do vírus da Rubéola e, conseqüentemente, a prevenção adequada da SRC, devem ser mantidas altas coberturas vacinais homogêneas com a vacina tríplice viral:

 

a)   Esquema vacinal básico: a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e Rubéola) está recomendada na rotina, a partir dos 12 meses de idade.

b)   Vacinação de bloqueio: apesar da vacinação de exposto ao risco não prevenir a doença, recomenda-se vacinação seletiva com o objetivo de aproveitar a oportunidade para vacinar os contatos suscetíveis. Contra-indicada a vacinação em gestantes; as mulheres vacinadas devem ser aconselhadas a evitar gestação no 1º mês seguinte à vacinação.

c)   Comunicantes: gestantes expostas devem ser avaliadas sorologicamente, acompanhadas e orientadas, quando necessário (vide capítulo da Síndrome da Rubéola Congênita).

d)   Isolamento: crianças e adultos com Rubéola pós-natal devem ser afastados de atividades habituais durante o período de transmissibilidade. Gestantes suscetíveis devem ser afastadas do contato com casos e comunicantes, durante o período de transmissibilidade e incubação da doença. Pessoas hospitalizadas: isolamento de contato.

 

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