Autores:
Fernando de Paula Machado
Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Residência em Clínica Médica no Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP). Residência em Cardiologia pelo Instituto do Coração (InCor) do HC-FMUSP. Médico Diarista do Pronto-Atendimento do Hospital Sírio-Libânes.
Leonardo Vieira da Rosa
Médico Cardiologista pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Médico Assistente da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Doutorando em Cardiologia do InCor-HC-FMUSP. Médico Cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital Sírio Libanês.
Última revisão: 01/04/2019
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Mulher 74 anos com dispnéia progressiva, ortopnéia e edema de membros inferiores.
Ver diagnóstico abaixo
1 - ritmo sinusal
2 - Frequência cardíaca – 76 bpm
3 - PR – 0,20 segundos
4 - Bloqueio do ramo esquerdo(BRE): duração QRS 120 ms; ausência de "q" em D1, aVL, V5 e V6; ondas R alargadas e com empastamentos médio-terminais em D1, aVL, V5 e V6; onda " r" com crescimento lento em V1e V2; ondas S alargadas com espessamentos em V1 e V2.
5- Eixo- negativo 20° graus
6- Qtc de 400ms
7- Alterações difusas da repolarização ventricular – infradesnivelamento do ponto J > 5mm em derivações precordiais ( V3,V4 e V5)
Eletrocardiograma compatível com alterações isquêmicas agudas (subendocárdicas) na presença de Bloqueio de Ramo Esquerdo.
A presença de BRE na maioria das vezes dificulta o reconhecimento de alterações isquêmicas agudas. Desnivelamentos do segmento ST podem nos permitir a identificação de infarto do miocárdio, sendo os seguintes os critérios, definidos por Sgarbossa e cols: (N Engl J Med, 22 Feb,334(8):481-7,1996)
Supradesnivelamento do segmento ST 1,0 mm em concordância com o QRS/T 5 pontos
Infradesnivelamento do segmento ST 1,0 mm em V1, V2 e V3. 3 pontos
Supradesnivelamento do segmento ST 5,0 mm em discordância com o QRS/T. 2 pontos
Também a identificação de áreas eletricamente inativas é dificultada pelo BRE, podendo-se reconhecer estas situações quando:
Presença de ondas R importantes em V1 e V2, bem como de Q em V5 e V6 e/ou em D1 e aVL, sugere área eletricamente inativa ântero-septal
Presença de ondas S importantes, em V5 e V6, sugere área eletricamente inativa ântero-lateral
Em 1996, Sgarbossa e colegas publicaram o algoritmo que contemplava alterações isquêmicas agudas na presença de BRE com sensibilidade de 78% e especificidade de 90% para o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio. De acordo com esse algoritmo, o ECG é considerado positivo se o score apresenta o mínimo de 3 pontos.
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