Editorial MedicinaNET - Janeiro - 2017

Cultura organizacional na área da saúde

Afinal, o que é cultura organizacional? Embora se saiba que ela molda o comportamento dos indivíduos, e mesmo a estrutura da organização, impactando em seus resultados, a verdade é que não existe um consenso a respeito da definição de cultura organizacional na área da saúde.

Se não se sabe exatamente do que se trata, como, então, se pode analisá-la? Ou, ainda, decidir por sustentá-la ou modificá-la? Para líderes e gestores, este é um ponto crucial: ter clareza no tocante ao significado de cultura organizacional. Essa é a única maneira de entender a sua importância.

Na verdade, a expressão “cultura organizacional” é recheada de sentidos, e todos eles devem ser considerados. Primeiramente, trata-se de como a organização age ou faz aquilo a que se destina fazer ? algo um pouco filosófico, como dizer que “o hábito faz o monge”, mostrando que o comportamento inato de execução dos indivíduos é um ponto de partida.

Todavia, cultura organizacional é também aquilo que se incentiva a fazer ou não fazer, ou seja, o direcionamento que é dado através das recompensas tanto naturais (vínculo empregatício, recebimento de salário) quanto extraordinárias (premiações, recompensas, possíveis promoções), incluindo as punições, levando-se em conta as circunstâncias em que são aplicadas. Isso demonstra que a perspectiva de incentivos positivos e negativos influi no comportamento inato, e que a expressão concerne a algo dinâmico, orgânico, e não fixo.

Entretanto, não é apenas isso. Pode-se ver a cultura organizacional também como a base de alinhamento de propósitos entre todos os indivíduos da organização. É aquilo que, minimamente, se compartilha em termos de consciência comum, moldada pela conjuntura do cenário externo (econômico, social e intelectual) e pela própria estrutura da organização.

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