Última revisão: 31/05/2009
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Reproduzido de:
Dermatologia na Atenção Básica de Saúde / Cadernos de Atenção Básica Nº 9 / Série A - Normas de Manuais Técnicos; n° 174 [Link Livre para o Documento Original]
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Políticas de Saúde
Departamento de Atenção Básica
Área Técnica de Dermatologia Sanitária
BRASÍLIA / DF – 2002
CID-10: L30.9
Processo inflamatório da pele com características clínicas e histopatológicas bem definidas. As dermatites eczematosas mais freqüentes são o eczema tópico e o eczema de contato.
De caráter alérgico hereditário, freqüentemente associada a manifestações de asma, rinite e urticária. Esta dermatose assume características peculiares em três períodos: infantil, pré-puberal e adulto. Em aproximadamente 80% dos pacientes, o eczema atópico, manifesta-se no primeiro ano de vida (Figura 1). No eczema atópico infantil observam-se lesões vésicosecretantes, crostosas, localizadas preferencialmente nas regiões malares, podendo se estender para toda a face, couro cabeludo, superfícies extensoras dos membros superiores ou inferiores, ou mesmo generalizar-se. O prurido pode variar de moderado a intenso. O Eczema pré-puberal caracteriza-se pelo acometimento de dobras cutâneas (pregas cubitais, poplíteas, pescoço, punhos, tornozelos e unguinais), com lesões eritematosas, podendo haver espessamento da pele (liquenificação). De um modo geral essa dermartose evolui em surtos tendendo a melhorar com o passar dos anos. O eczema tópico do adulto é semelhante ao pré-puberal, com acometimento também das áreas periorbitárias e periorbiculares.
Figura 1: Eczema atópico.
Reação inflamatória de pele desencadeada por agentes externos, decorrente de dois mecanismos etiopatogênicos: por irritação primária ou por sensibilização. Caracteriza-se por lesões eritêmato-vésico-exsudativas, crostosas ou liquenificadas (Figura 2), dependendo da fase evolutiva. Não existem áreas preferenciais de acometimento, estando relacionadas com a presença do irritante ou alérgeno. Nos casos de sensibilização, podem surgir lesões à distância da área de contato.
Figura 2: Eczema de contato.
Dermatite.
Ainda não está bem determinada, podendo-se notar correlação com mecanismos imunológicos e/ou não imunológicos. Há relação familiar com rinite e asma.
É uma reação inflamatória da pele desencadeada por agentes externos.
Não se aplica.
Não se aplica.
Não se aplica.
Não se aplica.
Infecções secundárias por diversos agentes.
Clínico.
Dermatite seborréica, dermatite das fraldas, dermatite de contato e micoses superficiais.
Dermatite seborréica, dermatite atópica e micoses superficiais.
Baseia-se fundamentalmente nos tópicos a seguir relacionados:
orientação aos familiares sobre o caráter crônico e recorrente da doença, da necessidade de afastar-se substâncias tais como sabões, sabonetes e detergentes e que a sudorese constitui-se em fator irritante;
afastar alérgenos tais como a poeira domiciliar, vestuário de lã e tecidos sintéticos, tapetes, colchões e travesseiros de pena, contatos com animais e brinquedos de pêlo;
usar roupa de algodão. Evitar lã e tecidos sintéticos em contato com a pele;
hidratação da pele com cremes e pomadas;
as infecções secundárias podem ser tratadas com antibiótico tópico (mupirocina, ácido fusídico, gentamicina) ou sistêmico (eritromicina, cefalosporinas).
Fase aguda: compressas com soro fisiológico; e cremes de corticosteróides quando diminuir a exudação.
Fase subaguda: corticosteróides em cremes, de preferência preparados menos potentes: hidrocortisona, desonida.
Fase crônica: corticosteróides sob a forma de pomada.
Visa à redução do prurido, relaxamento do paciente e o controle da infecção cutânea.
Anti-histamínicos: hidroxizina, na dose de 1 a 2 mg/kg/dia, para crianças e 25-50 mg, duas vezes ao dia para adultos ou dextroclorofeniramina na dose de 2 mg, três vezes ao dia, ou 6 mg ao deitar, para adultos, e 1/2 a 5 mg, três vezes ao dia para crianças de dois a seis anos e 1,0mg, três vezes ao dia, para cirnaças de 6 a 12 anos, ou clemastina ou cipro-heptadina nas doses preconizadas, devido a ação sedante.
Corticosteróides sistêmicos: nos casos extensos, por um período que não ultrapasse 10 dias.
Tranquilizantes.
Antibióticos.
Afastar substâncias irritantes ou alergênicas. Na fase aguda usar compressas ou banhos com substâncias antissépticas (permanganato de potássio na diluição de 1:40.000) e cremes de corticóides. Na fase subaguda e crônica - uso de pomadas de corticóides. Usar antibiótico na vigência de infecção secundária.
Observação: o emprego contínuo e em áreas extensas de corticosteróide tópico pode produzir efeitos nocivos à pele e ao organismo por sua absorção percutânea; vide o capítulo com recomendações para uso de corticosteróides.
Ocorre predominantemente em crianças de 0 a 2 anos de idade.
Ocorre em qualquer faixa etária.
Não se aplica.
Não é doença de notificação compulsória.
Observar as recomendações no tratamento.
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