Última revisão: 16/09/2015
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Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010 [Link Livre para o Documento Original]
Série B. Textos Básicos de Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
Brasília / DF – 2010
Ciclofosfamida e ifosfamida, derivadas das mostardas nitrogenadas, são os agentes alquilantes mais empregados. Relacionam-se intimamente entre si quanto à estrutura, uso clínico e toxicidade. A ativação desses fármacos se dá pelas oxidases hepáticas de função mista, resultando nos metabólitos ativos mostarda fosforamida, da ciclofosfamida, e mostarda ifosfamida, da ifosfamida. Acroleína, um metabólito comum aos dois fármacos, possui baixa atividade antitumoral, mas é responsável por alguns de seus efeitos tóxicos, incluindo cistite hemorrágica, que pode ser prevenida com hidratação intravenosa adequada e uso de mesna. Efetividade e segurança da ciclofosfamida e da ifosfamida podem ser alteradas por inibidores e indutores de CYP450.
Ciclofosfamida é usada, nas formas oral e intravenosa, para o tratamento adjuvante de câncer de mama, leucemias e linfomas, câncer ovário, mieloma, retinoblastoma, neuroblastoma, câncer de pequenas células e de células não pequenas de pulmão. Além da monoterapia, ciclofosfamida é usada em regimes combinados (câncer de mama; câncer de pequenas células de pulmão; câncer de ovário; linfoma não-Hodgkin; e mieloma múltiplo) (ver monografia, página 467).
Ifosfamida é usada no tratamento de câncer de testículos, sarcomas de tecidos moles e linfoma não-Hodgkin. Além da monoterapia, a ifosfamida é usada em regimes combinados (sarcoma; linfoma não-Hodgkin; câncer de testículos). Os efeitos adversos ao uso de ifosfamida assemelham-se ao da ciclofosfamida, porém neurotoxicidade grave é atribuída à ifosfamida, o que pode ser diminuída, em alguns casos, com o emprego de azul de metileno (ver monografia, página 771).
Clorambucila, por ter citotoxicidade seletiva por linfócitos, é o fármaco de escolha para o tratamento de leucemia linfoblástica crônica e macroglobulinemia primária (Waldenström); também é utilizada para tratar doença de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. Usada por via oral em monoterapia, e em regime combinado para tratar doença de Hodgkin. Clorambucila produz mielossupressão moderada, gradual e rapidamente reversível (ver monografia, página 499).
Dacarbazina é usada somente em adultos, por infusão intravenosa, como monoterapia acompanhada de interferona no tratamento de melanoma metastático, e em regime combinado nos sarcomas de tecidos moles e doença de Hodgkin. Em pH fisiológico, a dacarbazina é degradada a monometil triazeno imidazol carboxamida, seu metabólito ativo responsável pela metilação de guanina (ver monografia, página 610).
Melfalana é usada por via oral, somente em adultos, no tratamento paliativo de mieloma múltiplo, como monoterapia ou associada à prednisona ou regime combinado, na doença de Hodgkin, no carcinoma epitelial do ovário também como monoterapia (ver monografia, página 831).
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