Última revisão: 17/09/2015
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Reproduzido de:
Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010 [Link Livre para o Documento Original]
Série B. Textos Básicos de Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
Brasília / DF – 2010
A ocorrência de episódio de vômito não requer obrigatória terapia antiemética, pois pode ser autolimitado e até resolutivo de alguma agressão externa. Recorre-se a antieméticos quando, além do desconforto, poderiam ocorrer complicações sistêmicas, como desidratação, alcalose hipoclorêmica e pneumonia aspirativa, entre outras. Sempre que possível, o enfoque terapêutico deve ser dirigido ao fator causal, pois sua correção pode ser suficiente para a reversão do quadro, prescindindo-se dos antieméticos. Isso adquire importância quando se considera que esses agentes são apenas sintomáticos e sua toxicidade pode ser muito acentuada.
Metoclopramida alia sua ação antidopaminérgica central à estimulação da motilidade gastrintestinal, com aceleração do esvaziamento gástrico. Em altas doses também tem atividade antisserotoninérgica que contribui para seu efeito antiemético. Aumenta a pressão do esfíncter esofágico inferior, diminuindo a regurgitação e a aspiração do conteúdo gástrico. A metoclopramida é eficaz contra náuseas e vômitos decorrentes de procedimento cirúrgico, quimioterapia e radioterapia. Para tratar náuseas e vômitos decorrentes de quimioterapia se mostrou mais eficaz quando usado em combinação com corticosteroides (como dexametasona). As provas ainda são insuficientes para indicar o uso no controle de náusea e vômito induzidos por gastrenterite em crianças e adolescentes. A metoclopramida pode ser útil no manejo do refluxo gastresofágico e está indicada para a gastroparesia diabética. Metoclopramida pode induzir reações distônicas agudas envolvendo espasmos faciais, músculo-esqueléticos e crises oculogíricas. Estes efeitos distônicos são mais comuns nos jovens (especialmente meninas e mulheres jovens) e em idosos. Geralmente ocorrem logo no início do tratamento e desaparecem dentro em 24 horas depois de interrupção do tratamento (ver monografia, página 574).
Ondansetrona é antagonista serotoninérgico com uso restrito para êmese induzida por fármaco citotóxico de elevada potencia emetogênica. Uma premissa é que sua administração seja prévia ao início da náusea e do vômito. Mostra-se mais eficaz que metoclopramida. Estudo controlado aleatório e duplo-cego comparou os efeitos de ondansetrona + dexametasona [esquema A] com metoclopramida + dexametasona + difenidramina [esquema B] previamente ao uso de cisplatina. Nas primeiras 24 horas, ausência completa de náuseas e vômitos foi observada em 69% dos pacientes que receberam o esquema A e em 50% dos tratados com o esquema B (P < 0,003). Meta-análise de 16 estudos controlados aleatórios concluiu que, em adultos, ondansetrona e granisetrona parecem ser equivalentes para a prevenção da êmese aguda e tardia sob o uso de quimioterapia muito emetogênica. Ambos foram relacionados com episódios de cefaleia e diarreia, porém ondansetrona parece causar menos obstipação. Assim, a escolha do fármaco deve levar em consideração, basicamente, os custos do medicamento e as condições de aquisição locais (ver monografia, página 582).
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